Essa tal da nostalgia… Será que antes era melhor mesmo?

“Ah, no meu tempo…”“Ah, agora não é mais como antigamente” Independentemente da sua idade, tenho certeza de que já escutou essas frases diversas vezes ou ainda pode tê-las dito. Esse tipo de comentário vem da saudade de um determinado momento ou sensação que foi ativado na memória por algum acontecimento do presente. Essa ativação pode […]

Essa tal da nostalgia… Será que antes era melhor mesmo?

“Ah, no meu tempo…”
“Ah, agora não é mais como antigamente”

Independentemente da sua idade, tenho certeza de que já escutou essas frases diversas vezes ou ainda pode tê-las dito. Esse tipo de comentário vem da saudade de um determinado momento ou sensação que foi ativado na memória por algum acontecimento do presente.

Essa ativação pode acontecer por meio de músicas (volta da dupla Sandy e Junior, dos Backstreet Boys e do RBD ou até mesmo elementos em filmes novos, como as músicas dos anos 80 inseridas na série Strange Things), remakes (nova versão de um filme, de uma obra literária, teatral etc.), continuações de filmes anos depois (Top Gun Maverick, Abracadabra 2, Magic Mike – A Última Dança etc.) e a volta dos clássicos às salas de cinema (Titanic, Harry Potter, Crepúsculo, E.T., Jurassic Park, O poderoso Chefão, Eu, Christiane F. – 13 Anos, Drogada e Prostituída etc.).

Seria essa uma forma de celebrar o passado, que vai ficando cada vez mais distante?

Esse fenômeno nostálgico que invadiu a sociedade atual, na pós-pandemia, também chamado de Cultura do Conforto, se reflete, principalmente, na indústria do audiovisual. Afinal, a familiaridade com lugares, pessoas e situações geram conforto e até paz mental.

Além disso, a geração que foi criança nos anos 80, 90 e 2000 agora é adulta, independente, com lembranças de uma era bem diferente da atual, sem tecnologia, e um orçamento mensal. Pesquisas indicam que a possibilidade de essas pessoas voltarem a ter acesso a filmes e séries de quando eram crianças, gera um sentimento leve e agradável que ativa a serotonina (hormônios da felicidade e bem-estar) e leva ao consumo. Seja para poder viver o momento novamente, para vivê-lo de maneira diferente ou para guardá-lo em outro formato.

 Uma volta aos cinemas repaginada

Aproveitar as efemérides é uma ótima maneira de reativar e relançar filmes nas salas de cinema em novas versões. Por exemplo:

🍿 Titanic: 25 anos do lançamento – versão restaurada, em 4K e 3D
🍿 Crepúsculo: 10 anos do lançamento – pela primeira vez exibido em IMAX
🍿 Harry Potter: 20 anos do lançamento – versão em 3D 
🍿 E.T. O Extraterrestre:  40 anos do lançamento – versão remasterizada em IMAX
🍿 O Poderoso Chefão: 50 anos do lançamento – versão em 4K HD

O conteúdo reaquecido com nova roupagem e novas tecnologias, além do sentimento de nostalgia, gera curiosidade pela nova versão, afinal, essas referências da nossa infância ou adolescência geram uma conexão emocional imediata e, consequentemente, vendas.


Outra grande possibilidade de reativar filmes e séries é a possibilidade de incluir recursos de acessibilidade. 

Clássicos com Acessibilidade: uma nova oportunidade para um novo público 

Como já falamos na news anterior, de acordo com a Ancine, em 2023 todos os cinemas brasileiros devem contar com recursos de acessibilidade em suas salas e, além disso, os filmes devem oferecer as opções de LIBRAS, Audiodescrição, Legenda Descritiva, Closed Caption, por exemplo.

Já sabemos que os clássicos sempre voltam, que a nostalgia e a cultura do conforto levam as pessoas para as salas de cinema. Mas nem todas. A falta de acessibilidade não diminui o amor das pessoas pela sétima arte, mas limita seu acesso para quem necessita de amigos e familiares que comentem o que acontece na tela, traduzam as falas ou ainda indiquem o ruído ou a música que embala a cena. 

Reter o público nunca foi tão importante para o mercado audiovisual como atualmente e, para garantir o sucesso das sessões e alcançar mais pessoas, os recursos de acessibilidade funcionam como um diferencial incrível!

Pensando em novos formatos? Inclua a acessibilidade! 
E tenha salas de cinema cheias. 

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