Novidades do PNLD: livro didático digital e acessível

Representantes das editoras de livros de todo o país já estão se mobilizando para cumprirem as novas normas do PNLD (responsável pelas obras didáticas, pedagógicas e literárias que são enviadas às escolas públicas de educação básica de todo o país)  que passa por um processo importante de modernização. Não que os livros tenham mudado, mas […]

Novidades do PNLD: livro didático digital e acessível

Representantes das editoras de livros de todo o país já estão se mobilizando para cumprirem as novas normas do PNLD (responsável pelas obras didáticas, pedagógicas e literárias que são enviadas às escolas públicas de educação básica de todo o país)  que passa por um processo importante de modernização. Não que os livros tenham mudado, mas a sociedade mudou, principalmente os jovens – seu público alvo. 

E a preocupação com a produção dos livros didáticos, que começa antes da publicação do edital, vai além da digitalização. Com a criação de livros digitais interativos, ela passa também pela aplicação de ferramentas de acessibilidade para professores e alunossurdos e com deficiência auditiva. 

Para a produção dos livros didáticos digitais interativos, o edital exemplifica a inclusão de materiais como videoaula, vídeos extras, podcast, e por último indicações e dicas de obras literárias novas de como reutilizar as que já existem. 

Além disso, a acessibilidade que antes era distribuída em CD-ROMs ou em livros extras em braille também teve de modernizar e passar a ser distribuída no formato acessível EPUB3, salvo demandas específicas por obras em Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS e a adaptação de alguns exercícios para que sejam de melhor compreensão para esse público, mas sempre sendo fiel à obra original que contempla a todo o conteúdo pedagógico e sua identidade visual. 

Por isso, pensando em manter a eficácia, a qualidade e a solidez do trabalho da PNLD – que é reconhecido internacionalmente – e garantir a melhor adequação dos livros didáticos a serem adquiridos, o FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) pediu a colaboração de profissionais com experiência na produção de materiais bilíngues em português escrito e LIBRAS, assim como em audiodescrição e produções e, claro, que a ETC FILMES participou! 

“O PNLD é um programa de alta complexidade, que exige do MEC, dos Correios, das escolas, dos professores, das editoras, dos autores e das associações grande envolvimento e dedicação profunda para que os alunos possam receber uma educação de qualidade, com obras sólidas e muito bem cuidadas em todos os aspectos”, comentou Silvana, da FTD.

A nossa expertise em cinema e materiais audiovisuais nos direcionou a uma nova demanda de mercado que são os conteúdos educativos digitais que prometem levar o mercado editorial de livros educativos brasileiro e o ensino público a um novo patamar de qualidade e inclusão. 

https://player.vimeo.com/video/730435411?autoplay=0&h=484f166882

Novas habilidades do mundo hiperconectado

Com foco nas mudanças de comportamento dos jovens e das novas demandas do mercado de trabalho, depois de anos de discussão, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) conseguiu, enfim, implementar em 2022 o direito de aprendizagem focado nas soft skills como: pensamento crítico, inteligência emocional, tomada de decisões e flexibilidade cognitiva.

Segundo dados da pesquisa Why Video 2021, 9 em cada 10 pessoas utilizam o YouTube para buscar conteúdo educacional. Isso representa quase 90 milhões de estudantes acostumados a utilizar o YouTube para assistir a vídeos gravados por professores de diversas áreas de atuação. 

O Youtube tem as facilidades de incluir legendas e traduzir os conteúdos automaticamente, o que não é o ideal por conter muitos erros de interpretação, digitação e tempo, mas ajuda a passar o conhecimento e a manter a atenção do aluno. 

O ideal mesmo é criar as legendas, editá-las de maneira a que sejam da melhor qualidade e facilitem o entendimento sem esforço. Dessa forma, a aprendizagem fica mais fluida. A inclusão de LIBRAS é mais fácil (e mais barato) do que parece, basta um profissional qualificado e um editor de vídeo que entenda as regras da ABNT.  

De que um livro didático digital precisa para ser acessível ?

Separamos algumas dicas que vão ajudá-lo a dar o primeiro passo e a pensar na acessibilidade de maneira diferente. Essas dicas funcionam independentemente do formato, mas possuem ressalvas importantes na hora de descrever imagens ou adaptar exercícios. 

  • Respeitar as regras ABNT para o tamanho da janela de LIBRAS e ter cuidado para que os intérpretes apareçam com os braços dentro da tela
  • A audiodescrição não deve sobrepor-se à fala dos professores. Sempre deixar um espaço no roteiro para ela.
  • Usar locutor de audiodescrição de gênero diverso do dos professores, para que não se confundam as vozes.
  • Ao descrever imagens, focar o objetivo (não descrever técnicas de design) e nãodercrever demais. Evitar adjetivos, mesmo que sejam objetivos e imparciais. Deixar o estudante construir a imagem na sua mente. 

Parte do sucesso do programa é o fato de que quem escolhe o livro não é quem paga por ele, mas sim professores que sinalizam suas necessidades e a de seus alunos (de acordo com cada região ou comunidade). Estamos muito felizes em poder ajudar a transformar e a evoluir o seu conteúdo didático.

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