Inclusão e representatividade do público 50+ no audiovisual

Em 1º de outubro foram comemorados o Dia Nacional do Idoso e o Dia Internacional da Terceira Idade. Segundo definição da OMS (Organização Mundial da Saúde), os termos idoso e terceira idade designam pessoas com mais de 60 anos. Porém, se pensarmos que hoje esse público majoritariamente ainda é ativo, trabalhador, independente, saudável e consumidor, […]

Inclusão e representatividade do público 50+ no audiovisual

Em 1º de outubro foram comemorados o Dia Nacional do Idoso e o Dia Internacional da Terceira Idade. Segundo definição da OMS (Organização Mundial da Saúde), os termos idoso e terceira idade designam pessoas com mais de 60 anos. Porém, se pensarmos que hoje esse público majoritariamente ainda é ativo, trabalhador, independente, saudável e consumidor, talvez a palavra “idoso” não seja o mais adequado para nomeá-los. 

Chamada de “Economia Prateada”, o setor já movimenta R$ 1,6 trilhão por ano. Como, de acordo com pesquisas, em 2030 o Brasil será a quinta população com mais pessoas acima dos 50 anos do mundo, a tendência é que produtos e serviços comecem a ser direcionados às suas necessidades e exigências – o que apresenta desafios, mas também oportunidades! 

“Esse é um tipo de cliente que consome bem, tem autonomia de decisão e procura qualidade. Estamos falando de consumidores maduros, provedores de famílias, que definem um tipo de consumo e não gostam de ser tratados como idosos. É um mercado enorme não só para abrir novos negócios, mas também para empresas já constituídas pensarem em produtos voltados para eles.” – fonte: matéria do Estadão já citada. 

Economia prateada no audiovisual

Durante a pandemia, o preconceito etário foi escancarado. Pessoas com mais de 50 sofreram mais demissões e passaram a ter mais dificuldade para se recolocarem no mercado de trabalho. Algumas empresas vêm trabalhando em boas práticas intergeracionais dentro da cultura interna e acreditamos que o audiovisual não pode ficar de fora. 

“Unir o impulso e o entusiasmo da inovação com a sabedoria e o equilíbrio da experiência deve fazer parte do planejamento e da gestão das organizações de agora e do futuro”, fonte: exame.

Outro tema pertinente a esse público foi discutido na Expocine como uma reflexão sobre a representatividade de pessoas 50+ que vivenciam sua velhice e expressam sua maturidade na vida cotidiana, e querem ver isso retratado no cinema e nos comerciais sem o estereótipo e o estigma de algo que não faz mais sentido – como o “velhinho ou velhinha”. 

É preciso trabalhar para gerar mais identificação com esse público. 

Além de ser representada na tela e nas histórias, uma porcentagem desse público, na maioria das vezes, precisa de acessibilidade para consumir conteúdos audiovisuais.

Geralmente, pessoas com mais de 50 ou 60 anos vão, gradualmente, perdendo a capacidade de escutar e passam a deixar a TV e o rádio com o volume muito alto, alguns enfrentam dificuldades para acompanhar um filme dublado e há ainda as que desistem de assistir a novelas por não conseguirem mais acompanhar os diálogos. Se elas não quiserem/puderem usar aparelhos auditivos, os únicos recursos que restam são a legenda e o close caption.

Outra parte desse público vai perdendo a visão. Deixa de ler jornais e de ver TV porque a “vista não funciona mais como antes” e prefere escutar rádio, meio que não necessita de apoio visual para o que é transmitido. Nesse caso, a audiodescrição também ajuda muito.

Claro que isso não é regra e tem muita gente envelhecendo bem e com qualidade de vida, mas é preciso levar esses dados em consideração ao criar um conteúdo audiovisual pois a acessibilidade é importante para essa faixa etária.

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